terça-feira, 15 de novembro de 2011

A Nossa Senhora do Carmo - II

“A luz do sol envolve a doce Imagem
E quase a transfigura
A Santa acende fachos na passagem
Labaredas de fé, ingénua e pura.

Descem as rezas lentas, desoladas,
A dor é pranto irreprimível, forte.
Filhos, parentes, que lá tem a morte
Lembranças neste dia recordadas.

E as mãos dos crentes, trémulas mãos piedosas
Num gesto espiritual, tão cheio de encanto,
Deixam cair as rosas
Sobre as pregas alvíssimas do manto.

Nossa Senhora do Carmo,
Senhora de clemência, Senhora de graça tanta
Sempre pronta a perdoar.
Sendo Mãe e sendo Santa
Ajuda-nos a carregar
A cruz da nossa existência
Tão pesada de martírios
Tão difícil de levar.”

Joaquim Costa – 1952 (in, Moura, o Carmo, a Fé – edição CMM)

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