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“O ano de 1923, traz-nos umas festividades, sem brilho em que o relevo vai para os festivais beneficentes realizados “à noite no jardim, que provocaram no público um interesse e entusiasmo inéditos, ainda não atingidos em festejos idênticos e para cujo realce e brilhantismo, sem dúvida, contribuíram gentilíssimas senhoras e meninas que neles tomaram parte”.
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Até aos anos trinta as festas cingem-se única e exclusivamente à parte religiosa, o que leva alguns articulistas a escrever: ”a Festa da Vila lhe poderemos chamar, porque não tem outras que se lhe assemelhem em importância, bem merecia que se lhe desse devido realce pela tradição e pelos numerosos crentes das povoações vizinhas que ocorre à veneração religiosa”.
A partir dos anos trinta, nota-se já a intenção em dar um maior brilhantismo e afluência às festas. Aliando uma componente mais popular, de forma a proporcionar aos crentes, conterrâneos ausentes e forasteiros a ocasião para um almejado regresso a Moura, foram contratualizados serviços para comboios especiais, a preços reduzidos, entre a capital do Distrito e Moura e carreiras de camionetas entre a vila e as povoações limítrofes, a preços mais atractivos.
Nos finais dos anos trinta, princípio dos anos quarenta dá-se início ao aparecimento da “Comissão de Festas”, da qual faziam parte integrante as personalidades social e economicamente mais importantes da vila. Estas comissões, em tudo diferentes daquelas que anos mais tarde irão surgir, vão tentar tirar as festas do marasmo em que se encontravam.
Por desconhecidos motivos os festejos do ano de 1942, foram realizados entre os dias de 17 a 19 de Outubro, muitos dias depois do que era habitual.
As festividades em Honra de Nossa Senhora do Monte do Carmo são agora consideradas as festas da vila. O realce para os festejos religiosos, aliados a novos atractivos lúdicos, fazem renascer a esperança numa festa mais participativa, mas “é sol de pouca dura”.
(…) Continua
(in, Moura, o Carmo, a Fé – edição CMM)
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