quinta-feira, 5 de abril de 2012

NOTA BREVE - Livro das festas de 1995

Levantam-se fogos feitos de milhares de luzes, como boas vindas aos que vêm cheios de saudade ao encontro de braços estendidos, que se abrem em amplexos de amor.
Os sentidos esvaem-se de tanta felicidade e três decorrer no velho Lar, cofre de recordações que encontram as chaves nos sorrisos reflectidos nas branquinhas paredes da casa de infância e se misturam aos aromas das refeições de festas, cujos paladares igualmente transmitem a nostalgia de tempos que se esbatem no longínquo horizonte da meninice.
Depois a festa, o fogo-de-artifício e de espanto. A vigília na noite de sábado na velha e bonita Igreja do Carmo, Solar de Nossa Senhora, Padroeira desta cidade e prenda de fé de todos que de ELA se socorrem nas horas de aflição e de amarguras.
Domingo – os sinos tocam festivos anunciando a missa solene e a procissão que é um momento alto da festa.
O povo enche as ruas, as bandas da terra atiram ao ar as melodias condizentes com a cerimónia e entoa-se o tradicional hino:

“SENHORA QUE ÉS PADROEIRA
DESTA TERRA HOSPITALEIRA”

“E A CANTAR, A CANTAR
VAMOS REZAR”

Os Festeiros orgulhosos do que conseguiram realizar, caminham juntos da veneranda imagem.
Foi a sua dedicação e o seu trabalho de que tudo resultou.
Aqui, neste pequeno escrito, mais uma vez tenho a oportunidade de abraçar esse pequeno grupo, que capricha e se esforça para fazer o melhor.
Que o povo assim o entenda.

Miguel Nuno, no Livro das Festas do Ano de 1995

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