Mãe do Carmo, protectora,
Aqui estou a rezar,
Virgem Mãe, Nossa Senhora,
Humildemente te peço,
Com incontida emoção,
(Sabendo que não mereço,
Apelo ao teu coração)
Que me deixes, um instante,
Pegar, ao colo, o Menino,
Aninhá-LO, triunfante,
Esse meu Deus pequenino
Que o pai te pôs no regaço
E fez de ti a Rainha
Dos homens (e neste abraço,
Doce Mãe, Senhora minha,
Eu possa apertar no peito
O Rei da terra e do céu)
E verás, Mãe, com que jeito
Com que carinho, Deus meu,
O levarei à cidade,
Á minha terra, meu chão,
A emoção que me invade
E me inunda o coração
Por dizer: Moura não sou
Digno de ter nos meus braços
O filho que Deus mandou
P’ra balizar nossos passos,
Mas vamos nós prometer
Em cada dia um passinho
Pequenino (pode ser)
Mas que seja no caminho
Do bem, da paz e do amor
(a começar sem demora)
Que agrade a Nosso Senhor
E à Virgem, Nossa Senhora,
Depois, Mãe, dou-TO de novo,
Talvez já queira mamar,
Eu volto para o teu povo,
Tu voltas p’ró teu altar”
Joaquim Barão Rato (in Moura, o Carmo, a Fé – edição CMM)
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